A comparação das edições 2025 da pesquisa The Podcast Consumer no Reino Unido e nos EUA revela tendências comuns aos dois mercados e destaca o papel de mainstream dos podcasts na mídia moderna – alcance crescente e um público qualificado e atrativo para os anunciantes. Publicadas em julho (EUA) e agosto de 2025 (Reino Unido), os dois estudos mostram saltos em alcance mensal e semanal, maior penetração entre faixas etárias chave e uma atenção comprovadamente engajada – fatores que tornam o inventário de podcasts especialmente valioso para as marcas. Além disso, ambas destacam a evolução do conceito de “consumo” ao incorporar o formato em vídeo e novas métricas de audiência, reforçando que o crescimento é tanto quantitativo quanto qualitativo.
A primeira conclusão que se pode tirar das duas pesquisas é que os podcasts têm um alcance amplo e consistente. Nos EUA, 73% da população com 12 anos ou mais já ouviram um podcast, proporção muito próxima à do Reino Unido, onde 71% das pessoas a partir de 16 anos também já tiveram essa experiência. A escuta mensal é igualmente expressiva: 55% nos EUA e 51% no Reino Unido. Além disso, uma parcela relevante da população é formada por ouvintes frequentes – 40% nos EUA e 33% no Reino Unido ouvem podcasts toda semana –, o que demonstra um engajamento sólido e contínuo com o formato.
Em termos de perfil dos ouvintes, os podcasts desfrutam de um amplo apelo geracional em ambos os mercados. Os jovens adultos são os maiores consumidores mensais, com 66% da faixa etária de 12 a 34 anos nos EUA e 61% da faixa de 16 a 34 anos no Reino Unido. No entanto, o engajamento permanece alto nas faixas etárias subsequentes, com 61% (EUA) e 56% (UK) dos indivíduos de 35 a 54 anos ouvindo mensalmente. Mesmo entre a população mais velha (55+ anos), a penetração é relevante e atinge 38% de consumidores mensais em ambos os países, o que evidencia que os podcasts conseguem atrair e reter ouvintes de todas as idades.
Os consumidores de podcast em ambos os países também compartilham um perfil de alto valor e desejável para anunciantes. Eles são caracterizados por níveis mais altos de educação e renda em comparação com a população geral. Nos EUA, 51% dos consumidores mensais têm diplomas universitários (contra 46% da população geral), e 47% ganham mais de US$ 75.000 anuais (contra 43% da população geral). De forma semelhante, no Reino Unido, 54% dos consumidores mensais de podcasts possuem diploma universitário e 50% têm uma renda familiar anual superior a £40.000. Além disso, os consumidores semanais em ambos os países demonstram altas taxas de propriedade de imóveis – 56% nos EUA, 63% no Reino Unido.
Outra característica comum importante e que reforça a atratividade do podcasting para as marcas em ambos os países é a alta receptividade à publicidade. A grande maioria dos ouvintes semanais considera justo ouvir anúncios em troca de acesso gratuito ao conteúdo: 88% nos EUA (13+ anos) e 83% no Reino Unido (15+ anos).
Finalmente, quanto aos dispositivos usados para consumir podcasts, sem surpresas, o smartphone é o principal nos dois países. Por extensão, a escuta de podcasts no carro também é uma prática comum, com 44% dos usuários de Apple CarPlay ou Android Auto nos EUA e 22% dos motoristas no Reino Unido utilizando este meio no seu veículo principal.
Todos estes dados, embora sejam de mercados mais maduros, oferecem referências valiosas para o Brasil. O que se observa, tanto nos EUA quanto no Reino Unido, é que o podcasting consolidou-se como um meio de comunicação de massa, com um alcance vasto e um público engajado, jovem, educado e com alto poder aquisitivo, além de ser altamente receptivo à publicidade, tornando-o um formato estratégico e valioso para criadores e anunciantes.
*Fonte: ZyDigital