Viabilizada pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de MG e patrocinada pela Gerdau, a iniciativa segue com atividades até agosto de 2025.
Aulas de flauta doce, ensaios e apresentações integram a segunda edição do Projeto Corporação Musical Sagrados Corações de Jesus e Maria, em Miguel Burnier, distrito de Ouro Preto. As atividades têm como objetivo a difusão e a valorização da música instrumental, com foco na preservação das tradições culturais e no fomento ao contato direto com os instrumentos musicais. O projeto é realizado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com patrocínio da Gerdau, gestão e produção da Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Ouro Preto (Adop) e Através Gestão Cultural, e apoio da Prefeitura de Ouro Preto.
Com quase setenta anos de história, a Corporação Musical é contemplada pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais para a realização da segunda edição do projeto, que tem como foco a difusão e a valorização da música instrumental, da preservação das tradições culturais e do contato direto com os instrumentos musicais.
A programação segue até agosto com ensaios regulares, apresentações públicas do grupo e atividades de formação musical voltadas às crianças e adolescentes da comunidade.
“A proposta busca fortalecer o vínculo da comunidade com a música instrumental por meio da atuação da banda centenária do distrito”, destaca Vandeir Assis, gestor do núcleo de projetos da Adop.
O projeto destaca ainda, o compromisso das instituições em fortalecer a cultura local e democratizar o acesso à música, além de valorizar a tradição de mais de 70 anos da banda do distrito
Alunos têm aulas de flauta doce
Para as atividades deste ano, o instrumento escolhido para a musicalização é a flauta doce que, além de acessível, trabalha aspectos importantes como sonoridade, respiração e ritmo, que são rapidamente assimilados pelos participantes. “Em pouco tempo, os alunos já conseguem tocar pequenas melodias, músicas populares, de domínio público, o que aumenta ainda mais o engajamento”, destaca a professora Tereza Seabra, que desde 2023 está à frente das aulas de formação musical.
“Esperamos que, a partir desse primeiro contato, os alunos sigam na formação e, futuramente, possam integrar a Corporação Musical Sagrados Corações de Jesus e Maria. Assim, mantemos viva uma das tradições culturais mais importantes de Minas Gerais”, conclui a professora.
Afinação coletiva
Os ensaios regulares são conduzidos pelo maestro José Cecílio Jerônimo, que, aos 77 anos, é também responsável pela direção musical e regência do grupo nas quatro apresentações previstas para o período. “É com muito orgulho e alegria que desde 2005, quando a Corporação Musical foi reerguida, nos apresentamos em todos os anos na Festa do Sagrado Coração de Jesus e Maria, em Miguel Burnier”, celebra o maestro. O projeto prevê encontros mensais da banda sob a coordenação de Jerônimo, quando o repertório é trabalhado junto aos músicos.
Mais informações sobre o projeto e o calendário de atividades podem ser consultadas no site adop.org.br ou nas redes sociais da instituição: @adop_op.
Corporação Musical Sagrados Corações de Jesus e Maria
Criada pela Usina Wigg com o nome de Sociedade Musical Usina Wigg, a banda é uma das mais antigas da região. Formada por trabalhadores da usina, há relatos de que, em 1905, se apresentou para Santos Dumont. Eventos oficiais e demais festividades da época contavam sempre com sua participação, sendo considerada a principal atração dessas ocasiões.
A banda continuou em atividade mesmo após a venda da Usina Wigg para o Grupo Votorantim, passando a se chamar Sociedade Musical Coração Sagrado de Jesus. Com o fechamento da Companhia Siderúrgica Barra Mansa, pertencente ao grupo, a banda foi desativada em 1994.
Em 2005, um programa da Prefeitura de Ouro Preto, voltado à reativação de antigas bandas do município, possibilitou o retorno do grupo. Em Miguel Burnier, a banda ressurgiu com o nome de Corporação Musical Sagrados Corações de Jesus e Maria e, hoje, em plena atividade, mantém uma escola de música voltada à formação de jovens da comunidade.

Sobre a Adop
A Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Ouro Preto (ADOP) é uma instituição privada, sem fins econômicos, apartidária, criada por meio da parceria entre empresas locais, poder público e sociedade civil, cuja missão consiste em ser agente do desenvolvimento sustentável do Município de Ouro Preto e do Estado de Minas Gerais na articulação, integração e fortalecimento da sociedade civil e empresarial, respeitando os patrimônios humano, natural, cultural e histórico.
Sobre a Gerdau
Com 124 anos de história, a Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. No Brasil, também produz aços planos, além de minério de ferro para consumo próprio. Com o propósito de empoderar pessoas que constroem o futuro, a companhia está presente em vários países e conta com mais de 30 mil colaboradores em todas as suas operações. Maior recicladora da América Latina, a Gerdau tem na sucata uma importante matéria-prima: cerca de 70% do aço que produz é feito a partir desse material. Todo ano, 10 milhões de toneladas de sucata são transformadas em diversos produtos de aço. A companhia também é a maior produtora de carvão vegetal do mundo, com mais de 230 mil hectares de base florestal no estado de Minas Gerais. Como resultado de sua matriz produtiva sustentável, a Gerdau possui, atualmente, uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa (CO₂e), de 0,85 t de CO₂e por tonelada de aço, o que representa aproximadamente a metade da média global do setor, de 1,92 t de CO₂e por tonelada de aço (worldsteel). Para 2031, a meta da Gerdau é diminuir as emissões de carbono para 0,82 t de CO₂e por tonelada de aço. As ações da Gerdau estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo (B3) e Nova Iorque (NYSE).