Após uma eleição histórica, com a participação de mais de 300 presidentes de Sindicatos dos Produtores Rurais (SPRs), no dia 9 de setembro, o atual presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Antônio de Salvo, foi reeleito para o mandato 2025-2029. A chapa única Nova Faemg recebeu 98% dos votos apurados.
Em entrevista exclusiva à AMIRT, Salvo contou o que o motivou a buscar a reeleição na Federação. “Primeiro, nós ficamos aqui quatro anos fazendo as mudanças necessárias para compreender a importância da representatividade aqui em Minas Gerais. Então, como nesses quatro anos não deu para a gente avançar tudo o que nós achávamos que era possível avançar e que é possível avançar, a diretoria resolveu, trocando alguns membros, continuar por mais quatro anos para que a gente possa definitivamente entregar a representatividade necessária e compatível com o tamanho da agricultura e da pecuária mineira. Então, basicamente, foi para a gente continuar esse trabalho, para que a gente possa continuar avançando e representando o nosso povo da maneira correta”, explicou.
Segundo ele, a nova gestão tem muitas propostas, principalmente tendo a ciência que o setor está em desenvolvimento.
“Em 2024, pela primeira vez na história, as exportações dos produtos do agro, por exemplo, ultrapassaram as exportações da mineração. Nós estamos nos posicionando como um Estado também grande produtor de grãos, grande produtor de celulose, segundo maior produtor de açúcar e álcool de cana, o maior produtor de batata, o maior produtor de leite, o maior produtor de café. Então, o que nós temos que fazer é continuar fortalecendo essas bases, fazendo com que cada um dos nossos mais de 400 sindicatos rurais espalhados em todas as Minas Gerais tenham cada vez mais força e mais percepção por nós da entidade, para que a gente forme um corpo forte e continue avançando, representando, treinando e qualificando o nosso produtor rural, que é a nossa missão”, enfatizou Antônio de Salvo.
O presidente do Sistema Faemg destacou ainda os avanços no setor agropecuário no Brasil durante os últimos anos, afirmando que há cerca de 40 anos atrás o país precisava de importação alimentícia.
“Com o decorrer desses anos, o brasileiro aprendeu a criar a tecnologia dentro do nosso estado, dentro do nosso país, fazendo com que de importador de alimento nós passássemos a ser um grande exportador de alimento. E aí vale lembrar que essa exportação é excedente, não falta nas nossas gôndolas do supermercado, nos nossos mercadinhos a comida para o nosso povo, o que pode eventualmente faltar é dinheiro para comprar e isso aí é problema econômico no Brasil”, declarou Antônio de Salvo.
Antônio de Salvo destacou que, embora os produtores rurais mineiros tenham aprendido a gerir suas propriedades com excelência, o grande desafio agora é ultrapassar os limites da porteira. Para ele, é preciso amadurecer politicamente, garantir mais representatividade e conquistas para a agropecuária.
“Nós precisamos de trabalhar bem dentro da nossa propriedade, mas nós precisamos de defender politicamente o nosso setor e é isso que a nossa instituição faz e vai continuar fazendo para que esse homem e essa mulher do campo tenham mais voz e vez. Economicamente nós estamos muito bem, mas politicamente nós precisamos amadurecer e avançarmos, para que o setor possa ter ganho real e é isso que nós precisamos, defender o homem e a mulher, proprietários e proprietárias rurais aqui de Minas Gerais”, finalizou.
Confira a entrevista em áudio:
