Ministério das Comunicações apresenta linhas de financiamento para impulsionar a implantação da TV 3.0

O painel “Atualizações e Perspectivas Regulatórias: Tecnologia e Regulação em Diálogo” contou com a participação de representantes da ABERT, ACERT, ASTRAL, Anatel e SET. Foto: Divulgação/SET

O Ministério das Comunicações (MCom) apresentou, na última quinta-feira (30), as iniciativas em andamento para viabilizar linhas de financiamento que apoiem a implantação da TV 3.0, a nova geração da TV aberta brasileira, mais tecnológica, moderna e interativa. A atualização foi feita pelo diretor do Departamento de Inovação, Regulamentação e Fiscalização da Secretaria de Radiodifusão (Serad), Tawfic Awwad Junior, durante a SET Nordeste, realizada em Fortaleza (CE).

De acordo com o MCom, a transição para o novo modelo representa um salto tecnológico que vai transformar a experiência do telespectador, oferecendo som e imagem de alta qualidade e permitindo a interação direta com a programação pela internet. “Será uma excelente oportunidade para o setor recuperar verbas publicitárias que migraram para as plataformas digitais”, afirmou Tawfic.

Na prática, a TV 3.0 permitirá, por exemplo, a veiculação de publicidade segmentada e a compra de produtos e serviços diretamente pela televisão. Para viabilizar essa revolução, o Ministério das Comunicações está articulando a criação de linhas de crédito junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“São recursos que vão contemplar toda a cadeia da TV 3.0, da transmissão e recepção à criação de novas aplicações”, explicou o diretor. Segundo os primeiros diagnósticos do ministério, o setor deverá demandar cerca de R$ 3,8 bilhões apenas para a aquisição de transmissores nas 15 maiores regiões metropolitanas do país.

As primeiras transmissões da TV 3.0 estão previstas para ocorrer até a Copa do Mundo de 2026, começando pelas grandes capitais. O avanço tecnológico contará também com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que vai destinar R$ 25 milhões para o desenvolvimento de novas aplicações.

“Nesse novo sistema, as possibilidades são infinitas. O telespectador terá, com a TV aberta, uma experiência muito próxima à dos serviços de streaming”, destacou Tawfic.

O painel “Atualizações e Perspectivas Regulatórias: Tecnologia e Regulação em Diálogo”, na SET Nordeste, foi mediado pelo diretor de Transmissão e Broadcast do MediaTech Lab, Francisco Peres, e contou com a participação de representantes da ABERT, ACERT, ASTRAL, Anatel e da própria SET.

A SET – Tecnologia e Negócios em Mídia e Entretenimento é uma associação técnico-científica sem fins lucrativos que reúne profissionais e empresas para discutir inovações e tendências do setor de radiodifusão no Brasil.

*Fonte: Ministério das Comunicações

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