Fecomércio MG reúne Temer, Zema e comerciantes mineiros em evento sobre democracia e empresariado

José Roberto Tadros (CNC), Michel Temer, Romeu Zema e Nadim Donato (Fecomércio MG) respectivamente. Foto: Fecomércio MG/Reprodução.

Estabilidade política foi consenso de todos para evolução do país

Na última sexta-feira (19/09), o Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, reuniu lideranças do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo em um encontro no Cine Theatro Brasil, para debater o desenvolvimento do país. O momento foi marcado por reflexões sobre os desafios atuais e a busca por soluções inovadoras para o futuro do setor.

Entre os presentes, estiveram o presidente da Fecomércio MG, Nadim Donato, o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros, o governador de Minas, Romeu Zema, e o ex-presidente da República Michel Temer, que ministrou a palestra “Perspectivas políticas e estabilidade democrática e seus reflexos para o empresariado”. 

Durante sua fala, Temer comentou sobre a dosimetria aplicada aos condenados pelos atos do dia 8 de janeiro e reforçou sua visão de que não houve golpe no país, já que as Forças Armadas não aderiram às ações.

“Se o senhor me perguntar: ‘Mas houve golpe no país?’ Eu tenho dito com frequência e repito aqui, golpe você tem quando as Forças Armadas querem, sou muito objetivo. O que houve foi uma grande mobilização, uma grande tentativa de sensibilizar para o golpe. Agora, houve um fato gravíssimo, que foi a depredação de prédios que abrigavam, que eram sede dos poderes. Isto foi muito grave e isto não autoriza que não haja punição. Talvez, e eu verifico sempre isso, o que há sempre de queixa, é que as penalidades foram muito severas, as penas foram exageradas, etc. Então, digamos assim, para o meu paladar, punição tinha que haver, talvez com penas menores, que é o anseio de todos aqueles com quem eu converso. Daí, porque eu penso que se houver uma nova dosagem das penas, ainda que pela via administrativa, eu acho que isso pode ajudar a tranquilizar o país.”

O governador Romeu Zema concordou com a avaliação do ex-presidente, e destacou a importância do diálogo e da conciliação no cenário político nacional:

“Eu quero aproveitar minha fala, presidente Temer, para agradecê-lo mais uma vez. E o presidente, apesar de não ser mineiro, deixa muito claro, pelas suas palavras, o jeito mineiro que ele tem. Ponderado, bem dosado, conciliador e é isso que o Brasil precisa.”

Já o presidente da Fecomércio MG, Nadim Donato, ressaltou que a estabilidade política é essencial para que os setores produtivos possam avançar:

“A posição da Fecomércio Minas é exatamente essa. Vocês estão vendo aqui dois líderes políticos, um líder institucional, de peso, e a Fecomércio Minas vem trazendo esses líderes que têm, mais ou menos, essa consciência ou igualdade no pensamento da tranquilidade do momento. Nós precisamos de um momento de tranquilidade. Esses extremos não interessam ao comércio, tenho certeza que não interessa à indústria, nem à agricultura, ao agronegócio, muito menos ao transporte. O país precisa se unir, independente dos partidos, das pessoas. Nós precisamos de tranquilidade, por quê? Porque nós somos o setor produtivo, nós precisamos trabalhar, e precisamos da ajuda dos governos para trabalhar. Isso é o mais importante para a gente.”

Em sua conclusão, Temer reforçou a expectativa de que o Brasil avance em direção à estabilidade:

“Eu acho que nós vamos caminhar muito rapidamente, muito celeremente, para uma estabilidade social e política. Isso vai ajudar muito toda a área produtiva, comércio, indústria.”

Foto: AMIRT

O encontro também contou com a presença do presidente da AMIRT e do SERT-MG, Mayrinck Júnior, além de centenas de empresários mineiros. A mensagem final foi unânime: a estabilidade política e social é condição indispensável para que o país avance e o setor produtivo possa se desenvolver de forma sustentável.

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