SIC 2025 destaca inovação e sustentabilidade, reforçando protagonismo de Minas Gerais na cafeicultura mundial

Foto: SIC 2025/Divulgação

Aconteceu na última quarta-feira (05/11), no Expominas, em Belo Horizonte, a 13ª SIC (Semana Internacional do Café), um dos maiores e mais relevantes eventos do mercado cafeeiro mundial. Realizada até o dia 7 de novembro, a feira deste ano teve como tema “Café em Transformação – Inovação, Sustentabilidade e Oferta do Mercado Global”, convidando o setor a refletir sobre os desafios e oportunidades que moldam o futuro da cafeicultura.

A SIC 2025 é uma realização da Espresso&CO, Sistema Faemg Senar, Sebrae e Governo de Minas Gerais, com apoio institucional do Sistema Ocemg e patrocínios de grandes marcas do setor. Reunindo produtores, empresários, cooperativas, instituições e consumidores, o evento promove palestras, workshops, competições, degustações e rodadas de negócios.

Crescimento e expectativas

Sócio-diretor da Espresso&CO, Caio Alonso Fontes. Foto: Gustavo Baxter / NITRO

Durante a abertura, o sócio-diretor da Espresso&CO, Caio Alonso Fontes, destacou a expansão da feira e o impacto econômico do setor:

“O evento cresceu 50% em tamanho — chegando a 20 mil m² — e aumentou em 33% o número de expositores em relação ao ano passado. A expectativa é movimentar R$ 150 milhões em negócios. A SIC é um reflexo do mercado: o que vemos aqui hoje é um setor cafeeiro com uma força enorme, grande capacidade de crescimento, adaptação e transformação.”

Minas como referência na produção de café

Fotos: Lívian Alves/AMIRT

O vice-presidente da AMIRT, Bruno Torres, também reforçou o papel do café em Minas Gerais:

“A gente sabe que o setor de café aqui em Minas Gerais é um setor muito grande, mas quando a gente vem numa feira como essa, a gente vê que é muito maior do que a gente pensa. Um lugar aqui que está bastante cheio, bastante expositores, desde o maquinário até os cafeicultores, aquelas pessoas que plantam café. Então, é um segmento de extrema importância na economia do nosso estádio de Minas Gerais, sobretudo da Zona da Mata Mineira e do Sul de Minas.”, afirmou.

Secretário de Agricultura de Manhuaçu, Sandro Tavares. Foto: Hannah Andrade/AMIRT

Para o secretário de Agricultura de Manhuaçu, Sandro Tavares, o café do município vem passando por um processo de transformação importante.

“Então, estudando, (fazendo) reuniões, nós chegamos à conclusão que nós deveríamos começar um trabalho de base, principalmente através de reuniões com produtores. E também começamos a fazer, trabalhar dia de campo.”

“Nós temos no município muito volume de café, que é o café commodity, cafés que não são especiais. Mas através desse trabalho que foi feito, esse trabalho de base e essa participação na SIC, nós pudemos melhorar a imagem não só do município, como também dos nossos cafeicultores, com uma melhoria alta, considerável, da qualidade dos nossos produtos.” disse.

Reconhecimento dos produtores

Produtor rural, Ercilei Oliveira. Foto: Hannah Andrade/AMIRT

Entre os destaques da feira, o produtor Ercilei Oliveira, de Manhuaçu, celebrou as conquistas recentes com o seu café presidencial. Ele comentou que, apesar das dificuldades com o clima, seu produto foi premiado em concursos nacionais.

“2021, 22, 23, 24, 25, a gente está entre os melhores do país, é um dos maiores concursos. A gente, ganhando ou não, está aí no top 5. Então, tem sido maravilhoso. E, como aqui também, hoje tem sido outro ano muito especial pra gente. Hoje, acabei de ganhar um concurso ali, um concurso da Iara Café, que a gente tinha ganhado o regional lá. Chegamos aqui e ganhamos o nacional. Então, primeiro lugar nacional do concurso da Iara. Sábado passado, a gente estava lá em São Paulo, ficamos em quarto lugar no Oscar dos Cafés Brasileiros, que é o concurso da BSA. Ficamos em quarto lugar, o único quarto lugar, 90 a mais, no Café Presidencial”, contou.

Ângela Oliveira e seu café premiado. Fotos: Hannah Andrade/AMIRT

Também de Manhuaçu, Ângela Oliveira compartilhou a emoção de participar do processo de seleção dos cafés premiados.

“A gente trabalha o nosso café lá. A gente cata, né? Grão a grão. É um trabalho muito delicado, né? A gente faz aquilo com amor, com carinho. As pessoas perguntam: ‘O quê que vocês fazem pra fazer um café bom?’ A gente fala: ‘Primeiro é Deus, na frente. E o amor, o carinho, a dedicação.’ E eu estou aqui, né? Campeã na SIC, com meu café, representando a Prefeitura de Manhuaçu. Estou muito feliz”, comemorou.

Experiência e aprendizado
Para o participante Danilo Vitor, o evento vai muito além da exposição de produtos:

“A SIC é fantástica, né? Está na sua 13ª edição. Eu estou presente desde a primeira e a gente vê o avanço da feira SIC: produtores, associações, fornecedores de maquinários e tudo. E qual que é a importância? O produtor, ele está participando e vendo o potencial de desenvolver”, observou.

Para 2026, o consultor master do programa ATIG (Assistência Técnica e Gerencial do Senar), Henrique Santos, prevê um evento ainda maior e mais movimentado:

“Nós acabamos de ter a nossa premiação do nosso concurso de qualidade, desses atendidos, provamos mais de 2.500 amostras de café, um nível elevadíssimo de notas, de qualidade, a cada ano a gente vem crescendo, batendo recorde em cima de recorde, desde 2016 quando começou o programa, o primeiro concurso em 2017, e ano que vem nós queremos chegar a 3.000, batemos 2.500 esse ano, ano que vem vamos chegar a 3.000, e esse ano nós estamos com 900 produtores que nós trouxemos em caravanas de todo o estado para cá, ano passado nós trouxemos 600, então mais um número recorde, a nossa equipe de quase 200 técnicos aqui na feira, entre técnicos, supervisores, então ano que vem com certeza será maior, nós estamos em um acrescente muito grande, e como eu falei, é uma grande oportunidade para esse produtor, para o técnico também de campo, de amadurecimento, de criar conexões aqui.”

Confira as fotos dos três dias de evento:

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*Com informações e fotos de Divulgação SIC

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