Foto: Reprodução/TV Globo
A TV Globo Minas promoveu, nesta terça-feira (11/11), um encontro que reuniu comunicadores de diversas regiões do estado para apresentar as transformações trazidas pela nova geração da televisão digital brasileira, a DTV+, também conhecida como TV 3.0.
O evento destacou as inovações tecnológicas que vão tornar a TV aberta mais conectada, interativa e com qualidade superior de imagem e som imersivo, marcando um novo capítulo na forma de produzir e consumir conteúdo audiovisual no país.
A Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT) e o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de Minas Gerais (SERT-MG) foram apoiadores do evento. O presidente das entidades, Mayrinck Júnior, destacou a relevância do encontro, ressaltando que ele reuniu profissionais de agências, do rádio, da televisão e da publicidade, todos interessados em compreender as possibilidades oferecidas pela nova plataforma. Segundo ele, a DTV+ abre inúmeras oportunidades de uso e inovação, que dependem principalmente da criatividade dos profissionais para colocar as ideias em prática.
O presidente enfatizou ainda que o novo formato vai impactar toda a cadeia, desde telespectadores até anunciantes. “O rádio fez essa mudança nos últimos anos e vem acompanhando a tendência tecnológica. A TV está há 70 anos tendo o mesmo modelo de consumo. Ela ficou colorida, a tela ficou mais fina, mas o modo de consumo continua idêntico. A TV 3.0 é uma revolução que vai mudar o formato do usuário, o formato do cliente, o formato das agências utilizarem o meio TV”.
“Colocando mais esse novo modelo de negócio em prática no mercado, que é o terceiro maior mercado do país, é uma revolução sim. Vai ser bom para todo mundo. É um ganha-ganha para todos. Desde quem está assistindo à televisão, a quem está anunciando e a quem está produzindo esse anúncio”, declarou Mayrinck Júnior.
O diretor de Relações Institucionais do Grupo Globo e diretor da AMIRT, André Dias, destacou as grandes transformações que a chegada da DTV+ deve trazer para o setor e para o público.
“A TV 3.0 é uma revolução. Alguns dizem que é uma revolução maior do que quando foi a chegada da TV a cores, maior do que a chegada da TV digital, que trouxe muita tecnologia embarcada. A TV conectada é uma TV que você recebe o sinal como você recebe hoje, mais a internet. Então, você vai ter uma interação e novas possibilidades, novos caminhos, nova forma de publicidade, nova forma de assistir televisão, interagindo com os seus canais”, afirmou.
Funcionamento na prática
Para explicar uma das funcionalidades da TV 3.0, André Dias relembrou o sucesso de um acessório usado pela personagem Jade, da novela O Clone. “Aquilo inundou todos os lugares do Brasil querendo comprar aquela pulseirinha com aquele anel. Hoje, com a TV conectada, com a TV 3.0, você vai poder assistir o programa, clicar naquela pulseirinha, comprar direto e, em algumas cidades, receber a pulseirinha no mesmo dia”.
André Dias esclareceu que a TV 3.0 permitirá uma segmentação muito mais precisa da publicidade. Ele exemplificou dizendo que, em vez de veicular um mesmo anúncio para toda a cidade, um varejista poderá direcionar sua campanha apenas para um bairro específico, onde está o público de interesse. Segundo ele, essa personalização permitirá que, em uma mesma faixa de horário, diferentes regiões de Belo Horizonte recebam anúncios distintos, voltados a perfis e demandas específicos. O diretor acrescentou que os algoritmos da nova tecnologia possibilitarão identificar o interesse do telespectador e apresentar anúncios de acordo com suas preferências, o que representa uma ampla gama de oportunidades para o mercado publicitário e para as emissoras de TV.
A gerente regulatória da Globo e responsável por apresentar as novas funcionalidades da DTV+ no evento, Ana Eliza Faria, ressaltou que a ocasião teve como objetivo apresentar toda a transformação da televisão e mostrar como a nova tecnologia agrega valor à experiência do telespectador. Segundo ela, o engajamento do público é o ponto central desse processo, pois é a partir dele que surgem o interesse das emissoras e do mercado publicitário.
“Com muito cuidado, a gente criou uma experiência que a gente acha que é muito mais interessante para o telespectador, porque ele é colocado no centro, então, ela é focada nos interesses do telespectador, para oferecer personalização, mais informação, mais engajamento. Eu acho que dentro dessa discussão toda, o fato da gente conseguir trazer dentro da experiência várias camadas de conteúdo, que vão desde o conteúdo linear até exatamente o que ele [telespectador] gosta de assistir na televisão, é o que torna essa jornada tão interessante, tão importante”, afirmou Ana Eliza Faria.
Além dos diferenciais já citados da TV 3.0, como alta de qualidade de imagem e som, a gerente regulatória também pontuou outra questão relevante: a interatividade entre internet e televisão. “Tem um ponto da transformação da experiência que eu acho maravilhoso, que é o fato de que as emissoras passam a se apresentar como aplicativos, ao fazer isso, ela já tem nativo na experiência essa integração entre o broadcasting e o broadband. Então, isso permite vários outros serviços, que antes não estavam disponíveis na televisão, então a grande virada é o momento em que a gente trata esses dois meios de distribuição de forma integrada numa única experiência”, declarou Faria.
Ana Eliza Faria também comentou sobre a recepção do público em relação ao novo formato, que está em fase de testes e deve começar a ser implementado em algumas capitais em 2026 e seguirá sendo aplicado gradativamente em todas em regiões do país. Para ela, o que está sendo apresentado deve se aprimorar ainda mais. “Eu acho que eles vão estar ainda mais entusiasmados do que eu com essa tecnologia, é muito legal, é um prazer enorme a gente poder participar dessa concepção. Abre muitas possibilidades e por isso que eu acho que o telespectador ele vai se encantar”.
Por fim, a gerente regulatória da TV Globo assegurou que a DTV+ será acessível e interessante para todos os públicos. “Hoje a gente já está cercado de telas e ele [o telespectador] vai ter uma tela muito poderosa, na qual a experiência vai andar com ele no celular, em casa, de uma forma que é muito simples, que é muito integrada, que é muito fluida e por isso faz ser realmente uma tecnologia que é para todos e que encanta todos, todas as idades. Não precisa ser expert em tecnologia para gostar dessa experiência” declarou.
Perspectivas do mercado publicitário
O presidente do Sindicato das Agências de Propaganda de Minas Gerais (Sinapro-MG), Gustavo Faria, destacou que o setor publicitário vê a chegada da TV 3.0 com grande expectativa. Segundo ele, as agências esperam muito a chegada do novo formato.
“É mais uma evolução nos meios de comunicação que a tecnologia e esse mundo digital vêm trazer. Então, a gente precisa primeiro se preparar bastante para essa chegada dessa nova tecnologia, preparar os nossos anunciantes para entender como aproveitar esse novo meio de se comunicar e fazer vendas, porque facilita muito o contato direto entre produto, serviço e uma decisão final dos nossos clientes finais. Então, é mais um passo importante que os meios de comunicação tomam que causam um desafio e uma readequação de toda a cadeia de construção de marca e de mensagem, que é praticado pelas agências”, finalizou.
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